O Dia Nacional de Lutas em defesa dos direitos e do emprego, realizado pelas Centrais Sindicais na quarta (28), cumpriu os objetivos. Mas há que se fazer mais.


A análise, convergente, é de João Guilherme Vargas Neto, consultor sindical; Antonio Rogério Magri, ex-dirigente, ex-ministro do Trabalho e assessor sindical; e Antônio Augusto de Queiroz, diretor de Documentação do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).


Três aspectos
- Vargas destaca três marcas do ato. Ele diz: “As Centrais estiveram juntas, a manifestação foi nacional e o foco se concentrou no combate às medidas do pacote de ajuste fiscal”.


Magri
- O ex-ministro do Trabalho avalia o Dia Nacional de Lutas como um ato forte. “Foram manifestações maciças, em diversas partes do País”, diz.


Quanto a eventual impacto junto ao governo, Magri pondera: “A lógica do governo é um pouco diferente. Acha que está fazendo o papel dele. De todo modo, marcamos nossa posição”.

O ex-ministro entende que o governo, antes de adotar medidas, precisa conversar. “O diálogo com sindicalistas e empresários tem de ser permanente”.


Oportuno
- Analista antenado com o Congresso e as ações dos governos, Antônio Augusto de Queiroz (Toninho) qualifica de “oportuna e necessária a manifestação”. Ele avalia: “Dilma é quase refém do mercado. Em relação ao ajuste, ela ficou numa posição desconfortável entre concordar ou obedecer. Preferiu concordar, desconfortavelmente”.


Toninho aponta a necessidade de mais mobilização. “É preciso haver muita pressão do movimento sindical e também do Congresso Nacional”. Em sua avaliação, “se o Congresso reagir com firmeza, há chances de conter o avanço neoliberal”.


Para o diretor do Diap, a pressão do sindicalismo e movimentos sociais, articulada com ações no Congresso, poderá restabelecer a coerência do discurso feito por Dilma no processo eleitoral, diz.

Mais informações: sites das Centrais.

Fonte: Agência Sindical