O preço da cesta básica subiu em 17 das 18 capitais pesquisadas em janeiro na comparação com dezembro, informa o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores elevações foram apuradas em Salvador (11,71%), Aracaju (7,79%), Goiânia (7,48%) e Brasília (7,26%). Manaus foi a única cidade onde foi observada retração (-0,89%).

No acumulado em 12 meses também houve aumento em 17 capitais em janeiro, com destaque para Aracaju (23,65%), Goiânia (18,22%) e Brasília (16,28%). Manaus também foi a exceção no período, com queda nos preços (-1,66%).

O maior custo da cesta, em janeiro, foi apurado em São Paulo (R$ 371,22), seguido de Porto Alegre (R$ 361,11) e Florianópolis (R$ 360,64). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 264,84), Natal (R$ 277,56) e João Pessoa (R$ 278,73).

Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em janeiro de 2015, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.118,62, 3,96 vezes maior do que o mínimo de R$ 788,00, que entrou em vigor em 1º de janeiro.

Em janeiro, produtos como a carne bovina de primeira, o feijão, o pão francês, o tomate e a batata (pesquisada nas regiões Centro-Sul) tiveram predominância de alta nos preços nas capitais. Já o leite e a farinha de mandioca - cujo preço é acompanhado nas regiões Norte e Nordeste - apresentaram retração de valor na maioria das capitais. A carne bovina, produto de maior peso na composição da cesta básica, ficou mais cara em 16 das 18 capitais pesquisadas. As altas oscilaram entre 0,19% em João Pessoa e 17,58% em Aracaju.

Fonte: Agência Estado